41594656_2390855344265637_2446146220540821504_n

RELAÇÃO ENTRE O CÂNCER DE BEXIGA E O HÁBITO DE FUMAR

Em um primeiro momento as pessoas relacionam câncer de pulmão ou de outras partes do aparelho respiratório com o hábito de fumar. Hoje vamos apresentar algo diferente, infelizmente comum: câncer de bexiga, relacionado ao hábito de fumar.

A bexiga tem uma cobertura interna muito parecida com a pele. O câncer de bexiga habitualmente atinge este revestimento, apesar da parede da bexiga ter outras camadas. Essa doença está fortemente ligada ao hábito de fumar e não gera sintomas no início. O primeiro sintoma geralmente é sangue na urina e a quantidade e a frequência dessa ocorrência não necessariamente relaciona-se com o tamanho e extensão do câncer. Ou seja, pode ser um tumor bem pequeno, ou ser um tumor tomando toda a bexiga.

As pequenas lesões podem ser removidas por uma cirurgia endoscópica, sem cortes, usando câmeras que chegam à bexiga pela uretra. Se o tumor for maior, pode ser necessário remover parte da bexiga, ou até mesmo toda a bexiga. Nessa situação, o paciente vai necessitar usar uma bolsa colada no abdome ou ser implantada uma bexiga feita do intestino do próprio paciente.

Não existem bexigas artificiais. E por enquanto também não há transplante de bexiga. Portanto PARE DE FUMAR!

incMasc

INCONTINÊNCIA URINÁRIA MASCULINA

Temos cinco tipos de perdas urinárias em homens:

1) Aquelas decorrentes de problemas prostáticos como no aumento benigno da idade e dano da válvula da bexiga por câncer de próstata.
2) A segunda causa é de origem da bexiga, que pode ficar com um funcionamento excessivo, por conta da idade, ou por problemas da medula espinhal, dos nervos que controlam a bexiga. E até mesmo problemas no cérebro como AVCs (derrames) ou tumores cerebrais. O paciente perde o controle da bexiga que contrai sem comando voluntário. Daí passam a ocorrer perdas urinárias.
3) O terceiro tipo é uma combinação do primeiro e do segundo tipos.
4) Um quarto tipo é decorrente do câncer de bexiga que pode avançar para a válvula e destruí-la também, gerando incontinência.
5) O quinto tipo de incontinência urinária é decorrente das cirurgias sobre a próstata, que hoje são raras por conta das técnicas cirúrgicas avançadas. Quando o paciente apresenta perda urinária por causa de cirurgia, existem técnicas de fisioterapia, medicamentos e até mesmo a colocação de válvulas artificiais.

TRATAMENTOS
O tratamento do primeiro tipo de incontinência urinária (por aumento de próstata) se faz hoje por medicamentos ou cirurgias simples da próstata. O segundo tipo (por funcionamento excessivo da bexiga) é tratado com medicamentos, toxina botulínica, fisioterapia específica e eventualmente cirurgia na bexiga.
O câncer de próstata quando gera incontinência urinária, geralmente está avançado, não sendo mais possível a cirurgia de retirada. Restam radioterapia e quimioterapia que, mesmo curando o câncer da próstata, podem não recuperar a função da válvula. Necessário será a colocação de uma válvula artificial.
Quando surge a incontinência, procure um urologista logo, pois a causa pode ser bem simples, porém existe a possibilidade de um câncer de próstata, ou de bexiga serem os responsáveis pelo sintoma.

incFem

INCONTINÊNCIA URINARIA FEMININA

Ao contrário do que muita gente acha, as perdas urinárias podem ocorrer em diferentes idades e não apenas em idosos. Aquele estigma da nossa avó, que teve 10 filhos e hoje perde urina, não é necessariamente real.

As perdas urinárias são realmente mais frequentes nos idosos e em mulheres com histórico de múltiplos partos, por conta do dano à musculatura que controla o esfíncter (válvula) da bexiga. Existe também a perda urinária que pode ocorrer por disfunção da bexiga. A bexiga passa a contrair sem o controle voluntário, gerando vontade de urinar com frequência e perdas urinárias. E ainda podem ocorrer perdas urinárias de forma combinada: disfunção da válvula e disfunção da bexiga.

Cada situação tem uma maneira de diagnosticar e tratar. Medicamentos, fisioterapia e cirurgias podem ser aplicados a cada caso. Recentemente surgiram novos medicamentos que têm resolvido casos que antes necessitavam cirurgia. Até mesmo a toxina botulínica pode ser utilizada para tratar perdas urinarias. As cirurgias se tornaram bem mais simples, com cortes mínimos e recuperação em poucos dias. Hoje podemos dizer que nem a sua avó fica mais incomodada com incontinência urinária.

42474856_2414757938542044_1311501343671713792_n

CÁLCULO RENAL: Entenda o uso do laser e litotripsia extra-corpórea.

Os cálculos renais (pedras nos rins) são formados por diferentes compostos minerais ou compostos orgânicos simples ou mistos. A origem da formação dos cálculos não é bem compreendida, à exceção de um tipo derivado de infecções urinárias repetitivas. Os demais tipos de cálculos envolvem causas genéticas e dietéticas, quase sempre ambas concorrendo juntas para a formação dos mesmos.

Para o diagnóstico dos cálculos, a tomografia e a ecografia são os exames mais utilizados. Para tratá-los, são duas fases: eliminar os cálculos existentes e depois evitar a formação de novos.

A eliminação dos cálculos pode ser feita por fragmentação externa ao corpo (litotripsia extra-corpórea), cirurgias endoscópicas (com câmeras, pela uretra), cirurgias laparoscópicas (por furos) e cirurgias abertas.

Duas tecnologias para eliminar os cálculos:

Uma das tecnologias é a litotripsia extra-corpórea. Algumas pessoas acham que esta máquina utiliza laser para quebrar os cálculos. E a resposta é não. A máquina de litotripsia utiliza ondas mecânicas para quebrar os cálculos.

Já a tecnologia laser é utilizada nas cirurgias endoscópicas apenas e foi um grande ganho para os urologistas poderem tratar os cálculos sem a necessidade de cirurgias abertas. Hoje o laser é muito utilizado em nosso meio, tornando as cirurgias para cálculos muito simples.

É sempre o médico que escolhe a melhor maneira de utilizar estas tecnologias e procedimentos.